Pensava que era fatal. Venenosa. Perigosa. Letal. Quem penetraria naquele exoesqueleto? Já tinha sido machucada outras vezes, mas aquilo era história, um passado que fazia questão de esquecer. Desenvolveu um escudo impenetrável e nem se deu conta do que realmente criara. Até que um dia ela invadiu o espaço de outrem, alguém que era mais forte (porque sempre existe alguém mais forte) e que a fez experimentar seu próprio veneno. Machucada novamente. Só que ali foi diferente, ninguém a socorreu como antes. O escudo impenetrável ainda estava erguido. Tinha sido feito de solidão.
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